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Mostrando postagens de 2017

Quem eu sou? Por Allan Brito

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É de manhã, o despertador toca e eu me levanto. Quem sou eu? Aí depende. Se me defino do ponto de vista profissional  sou  um pedreiro, funcionário público ou advogado. Confiro as ferramentas na mochila, o freio da moto ou o caimento da gravata. Sou homem ou mulher, jovem ou de idade. Um trabalhador, um atleta ou um insone. Quem sou eu? Posso dizer meu prenome, nome e sobrenome - ilustre ou desconhecido. Posso mostrar meu RG, meu CPF e até minha CTPS. Posso ser chamado por extenso ou numa sigla. Amante das artes, vagabundo ou vilão. Asceta, nômade ou estressado. Posso ser muitas coisas e nenhuma, multiplas denominações ao longo do dia, mas que não chegam a ser uma definição concreta e exata. Sou muitos "Eus" em cada faceta da minha personalidade.  Quem sou eu? Essa pergunta essencial, talvez nunca feita em voz alta a si mesmo. Muito além dos rótulos, da origem, família, cultura e nação; muito além da cor dos olhos, cabelos ou pele, da religião, da fé da

O que desejo para nosso final de ano?

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A arte foi a forma que o ser humano encontrou de mostrar a si mesmo que é muito mais do que imagina ser. Enquanto nos fechamos em leituras técnicas, aprendendo o abc e suas famílias, os resultados das operações matemáticas, as consequências químicas de uma ligação covalente com o hidrogênio, buscando leituras lógicas para nosso mundo e determinados a explicar isso a outras pessoas, no meio disso tudo vamos gastando nossos neurônios com um formato de ver o mundo, e ali do outro lado do hemisfério cerebral encontramos Monet, Wagner, Van Gogh, Mozart revolucionando tudo que entendemos como lógico . Lançando um olhar para as coisas e nos mostrando como conseguem enxergar o mundo. O ser humano lógico é sem graça, frustrado e cansativo. A arte teve que ser inventada para que o ser humano conseguisse existir sem cometer suicídio na adolescência, onde nada é lógico e nenhuma explicação convence . Nessa fase da vida é bem melhor se fechar no quarto e ouvir Led Zeppelin, Pitty, Beatl

Para 2018...

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Cada passo que damos depende de dezenas de pessoas. Quando acreditamos que estamos sozinhos estamos fechando os olhos para todos que estão nos amparando, mesmo que estejamos caminhando de forma solitária não nos apercebemos que há uma estrada, e para que ela estivesse ali alguém teve que afastar a vegetação rasteira e abrir caminho. Mesmo que cada passo só dependa do nosso esforço, para que eu tivesse pernas firmes foi necessário receber uma carga genética para isso, e uma carga sócio-cultural para entender e praticar o ato de andar. Ainda que eu imagine que ando só, devo lembrar das pessoas que colaram as solas dos meus sapatos e que costuraram minhas roupas, e se isso não for suficiente para me convencer que estou acompanhado, é simples rememorar todos que torcem por mim, para que eu chegue ao fim da estrada, todos que eu deixei ou que eu encontrarei pelo caminho. Pensando nesse conteúdo resolvi convidar pessoas especiais em minha vida para contribuirem com nosso blog. A part

Hipnose Clínica

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Nesse final de semana, dias 09 e 10, aplicamos o curso de Hipnose Clínica pelo Instituto Meta em Crato. Vivemos experiências bem interessantes que ajudaram a todos os presentes a trabalharem técnicas de indução, aprofundamento, utilização, comandos pós-hipnóticos e dehipnotização. Trabalhamos uma abordagem ericksoniana onde os transes foram o mais naturais possíveis. Montamos uma sequência de técnicas como um quebra-cabeça que reunião material o suficiente para terminarmos em uma forte experiência de transe coletivo onde cuidamos simbolicamente de uma série de sintomas do grupo, preparando a nossa mente para o que encontraremos na clínica. Meu muito obrigado a Joviniano Carreiro, Susane Leal, Ícaro Xenofonte, Jayne Xenofonte, aos alunos e a todos que acompanham nosso trabalho. Deseja levar esse curso para qualquer lugar do Brasil? Faça contato através do nosso whatsapp: (88) 9.8815-5738 Abraços, Adamo Brasil Psicanalista e Hipnoterapeuta.

Padrões inconscientes

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Há muito tempo me deparei com um sério problema ao evitar rotinas. Alguns amigos dizem que não ter rotina também é uma rotina, eu discordo desse pensamento. O fato é que passei por uma experiência recente que só agora me dei conta da importância simbólica e de como um comportamento simples do dia-a-dia pode nos ensinar bastante sobre os nossos padrões inconscientes. Veja você, caro leitor, me deparei com um desses padrões comprando shampoo! Irei resumir o que aconteceu e quais reflexões emergiram ao desejar deixar meu cabelo limpo. Estava em uma loja de produtos para cabelos procurando um determinado creme para minha esposa e filha, lembrei que meu shampoo iria acabar e eu poderia me precaver comprando um dos produtos ali expostos. Esse raciocínio já foi raro, pois normalmente compro shampoo depois de dois ou três dias que aperto o frasco e percebo que já acabou. Veja que ironia, buscando quebrar um padrão me deparei com outro. Então a vendedora muito solíci

Como nos sentimos?

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Nossas emoções podem ser reguladas e organizadas ou descompassadas e completamente jogadas ao vento .  Monet Geralmente no primeiro cenário temos uma vida bem planejada e executada com muita destreza, são seres humanos que possuem tudo para serem felizes , tudo, absolutamente tudo que está fora desses indivíduos está no seu devido lugar; galgaram degraus, se esforçaram muito e colhem agora todos os frutos que plantaram, só que isso tem um preço . Pressionar a mente e seus sentimentos transforma o ser em uma bolha de profunda angústia , cheia de desespero, ansiedade e compulsões. No segundo cenário a vida que se vive é tão intensa quanto o que se sente , as coisas ficam desorganizadas fora de si para que o sujeito lembre-se o quão tudo está fora do seu lugar dentro de si, e isso é libertador , as emoções brotam, mesmo aquelas desconfortáveis, mas com a mesma força que surgem , se esvaem . Pessoas que vivem assim deixam a pia cheia de louça por semanas, deixam o chão s

Obrigado!

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Essa é uma postagem simples, em essência de agradecimento. Ontem foi Segunda, ontem foi dia de Sua Mente em Foco no Alternativo Som Zoom. Além de todo o carinho dos ouvintes que tenho recebido temos diversas pessoas do Brasil assistindo em meu perfil pessoal do Facebook, ontem essas pessoas fizeram perguntas e contribuíram nos comentários. Escrevo esse texto no intuito de me desculpar por não ter comentado tudo, bem como de agradecer todo o carinho que recebo através das mídias sociais e pessoalmente nos lugares que encontro ouvintes e pessoas que acompanham meu trabalho. Os últimos meses foram bem cansativos e desgastantes, a quantidade de atividades que tenho desempenhado é exaustiva, mas sei que foi uma escolha com prazo determinado. O mestrado tem me oportunizado visões muito ricas sobre tudo o que estudo e escolhi praticar como profissão. A gratidão é uma das emoções mais puras do ser humano, por vezes ele se confunde com outras emoções, mas quando ela surge isolada de tu

Escrever ou falar? Para onde estamos caminhando?

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Existem textos que pulam dentro de nós e só sossegam quando são colocados para fora. Vez ou outra me pego sentindo falta de escrever por aqui, independente dos leitores é como se os vídeos do facebook não fossem suficientes para materializar minhas ideias. Acabo percebendo o crescente número de visualizações, mas aquilo não é suficiente para aliviar o peso dos pensamentos. O pensar me parece que está diretamente associado ao escrever. Quando falamos nem sempre pensamos e por isso expressamos coisas que não deveriam ser expressadas e que por vezes nos causam constrangimentos. Estou impactado com o adoecimento da nossa sociedade. Sofremos tanto psiquicamente que qualquer luz, qualquer conforto, qualquer alívio da angústia já "muda a nossa vida". Vejo palestrantes ajudando centenas de pessoas a gritarem Yes e se sentirem bem... isso me assusta... me assusta saber que você ao ler esse texto pode não se sentir melhor, e talvez até sinta-se um pouco triste, abatido... e

Basic emotions

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Ser humano é ao mesmo tempo algo glorioso e extremamente cansativo. Saber que nesse instante seu coração já bateu centenas de vezes, faz parte da grandiosidade do fato de humano ser. Saber que seu pulmão empreendeu incontáveis movimentos para te manter vivo é fantástico , e tudo isso sem a sua anuência . Seu corpo apenas prossegue fazendo de tudo para viver . Descobrir as potencialidades da nossa mente e deixar que nossos neurônios criem e recriem conexões é maravilhoso, principalmente quando aprendemos a direcionar essas sinapses para o que julgamos útil e essencial na nossa existência. O porém estar no porvir. Somos humanos em todos os aspectos, inclusive em nossas emoções básicas , ao mesmo tempo que somos seres de possibilidades infinitas somos escravizados pela raiva , ou pelo ciúme , ou pelo medo de estar só . O que é extremamente curioso, pois estar só é exatamente o que faremos por boa parte da nossa vida, ao dormir, mesmo dormindo ao lado de alguém dormimo

Dr. Estranho e seus ensinamentos

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Acabo de ver Dr. Estranho. Apesar de ser um quadrinho devo confessar que há muito o que aprender. O filme é muito bem idealizado, a atuação de Benedict Cumberbatch é sempre inspiradora. Mas vamos às reflexões que me motivaram a escrever esse texto. O tempo e sua relatividade, saindo do místico e trazendo a nossa realidade existe uma potencialidade em nossa mente que ainda é imperceptível, acessamos diariamente o passado e construímos futuros para nossa vida, só não percebemos que estamos fazendo isso. A sensibilidade da percepção desses elementos é que nos torna especiais. O termo que me vem a mente é consciência, mas resisto a chamar assim, pois se expresso que é na consciência que ganhamos autonomia estarei negando o princípio freudiano do inconsciente como direcionador das nossas escolhas e sentimentos mais sutis. Portanto ainda não sei como chamar essa habilidade de mergulhar em nosso inconsciente e mesmo assim estarmos atentos e termos autonomia para direcionar nossa

Fenômenos midiáticos, para que servem?

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Aqueles que me conhecem pessoalmente sabem que eu tenho pouco tempo para TV e deixei de ver canais abertos há alguns anos. Porém continuo me atualizando dia após dia através do twitter , uma rede social leve e com poucos debates intermináveis que envolvem os egos inflados que observamos no facebook. Pois bem, hoje ao abrir o meu twitter encontro nos assuntos mais comentados um tema bastante incomum: goza na minha boca . Depois de algumas leituras descubro que uma participante do BBB, embaixo do edredom, enquanto transava com um outro participante soltou o pedido: goza na minha boca. Comecei a ver que haviam diversos comentários , uns que criticavam-na pelo pedido, outros que criticavam a sociedade por ter o sexo como tabu, e outros que acreditavam que o problema da sociedade era com a sexualidade feminina e a visão moderna deste aspecto. Então resolvi escrever esse texto para refletir sobre algumas perguntas: 1) Como podemos observar o pedido incomum em uma ótica mental/emoci