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Mostrando postagens de março, 2018

Medo como Água, por Uiara Francelino

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Segundo a Medicina Tradicional Chinesa reside em nós a manifestações dos 5 Elementos ou Movimentos da natureza. Eles são Água, Fogo, Terra, Metal e Madeira, tendo cada um destes elementos relação com órgãos, vísceras e tecidos do nosso corpo. Além da manifestação da energia deles no corpo físico, existe a relação com nossas Emoções, onde cada elemento tem uma Emoção relacionada. Agora quero contar um pouco para vocês sobre o elemento Água e a sua estreita relação com uma emoção muito presente em nossas vidas... o Medo. O elemento Água nos proporciona fluidez, flexibilidade e é responsável por estocar toda a nossa Essência, energia responsável por muitas coisas no nosso organismo, incluindo a Força da Vida, nossa força de vontade que nos impulsiona a viver. O Medo é a emoção oposta a essa força que existe para nos manter em equilíbrio. Quem nunca sentiu Medo? Ter determinadas emoções é uma reação normal... o problema existe quando elas são demasiadas. E uma coisa é bem interessan

Medos, por Dennyson Teles.

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Imagine um guerreiro destemido, que enfrenta muitas guerras e batalhas sem nunca hesitar. A chance que esse guerreiro venha a perecer precocemente é maior do que a de outro mais comedido, que por vezes teme e recua diante de um adversário. O medo protege e preserva as espécies animais. Se um coelho visualiza uma raposa feroz, imediatamente parte em fuga. Essa cascata química desagradável, gerada pelo medo, faz com que o nosso corpo se prepare para situações de risco à vida, que requeiram raciocínio rápido, embate físico ou fuga.  O medo é uma sensação desagradável proveniente da liberação de substâncias químicas pelo hipotálamo e amígdala cerebral na corrente sanguínea. Para alguns autores o medo carece de um objeto real (ex: medo de uma cobra, medo ao presenciar um assalto). De forma contrária, na ansiedade, esse objeto pode não ser real e essa sensação desconfortável ser fruto apenas de uma apreensão quanto ao futuro (ex: receio de ser assaltado, receio de passar mal e v

Medo: Amigo ou Inimigo?

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Medo: Amigo ou Inimigo? Medo do desconhecido, medo de falar, medo de contrariar, medo de calar, medo de amar, medo de olhar, medo de magoar, medo de experimentar, medo do velho, medo do novo...quando falamos em medo, cada pessoa pensa logo em qual ou quais são os seus. Há quem diga que não tem medo de nada, mas talvez no fundo seu maior medo seja de si mesmo. Se pararmos para refletir um pouco, por incrível que pareça, o medo tanto pode ser amigo quanto inimigo do homem. Será mesmo que sentir medo é tão ruim assim? Por um lado, ele acaba sendo nosso amigo quando, por exemplo, diante dos perigos reais da existência, a primeira reação seja senti-lo, pois em seu aspecto normal, saudável, ele nos preserva dos perigos, nos alerta para as ameaças e, diante deste sentimento, pode-se agir ou fugir. Dependendo do contexto, tanto um quanto o outro pode ser positivo, tudo depende dos limites de cada ser. Na minha opinião, sentir medo pode ser bom, pois se o homem não tivess

A forma da água

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Esqueci de contar aqui que assisti ao filme vencedor do Oscar 2018 - A forma da água. O filme tem um ritmo lento na maior parte do tempo e próximo ao fim há aquela injeção de adrenalina onde você meio que já sabe o final, pelo menos essa foi a experiência que o roteiro me proporcionou. Elisa Esposito é muda e apesar de sugerir ter se tornado muda por um processo de abuso isso não é explicitamente discutido no filme, o que, mais uma vez, me pareceu meio um caminho óbvio de mais. Mas estamos falando de um filme dirigido por Guilhermo del Toro, então essas pontas soltas são facilmente esquecidas quando nos prendemos à forma que o filme desenvolvido. A atriz é boa? É razoável, atende a expectativa de um personagem tão complexo, mas acho que merecia um pouco mais... Com uma fotografia inimaginável e cores que há muito tempo não víamos, Guilhermo tornou seu filme clássico e contemporâneo ao mesmo tempo - se é que isso é possível, discutiu o papel da mulher na sociedade da década de

Medo - Por Adriana Tavares

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Era medo quando olhei pra trás, e era medo também quando me defrontei com o que havia pela frente. Havia medo em deixar partir e em buscar algo novo. Porque fui moldada nas bases mais profundas de resistir ao desconhecido e de abandonar o que me pertence em conhecimento, como uma ligação extracorpórea que tenho às sombras da caverna, e nem ouso olhar com todos os sentidos, por medo de permanecer imóvel no tempo. Ainda me estremeço e ruborizo com o futuro, ainda me debruço em devaneios ao passado e sem ter aonde ir me afundo na ansiedade pulsante do pavor. Coração latejante e quase enérgico me causa desconforto, como se fosse desidratar de tanto que minha pele chora em agonia. Não sabendo explicar porque sinto isso apenas sinto, o medo; aquele medo que vi anteriormente na infância das impressões recém experimentadas. E dessas experiências aprendi a temer, a não querer, a desconfiar, a resistir, e também a não aprender outras coisas, apenas esconder de mim mesma a vivência de outras

Medo, medo, medo...

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O medo caminha ao lado da humanidade desde o começo. Desde logo antes da queda. Eu mesmo acredito que o medo causou, ou fez parte, dessa "ruptura" ou "mudança" - de algo que era antes, talvez bom, talvez incompleto; talvez uma hipótese, talvez uma alegoria. Mas é algo em que acredito. Você pode chamar de queda de Adão ou expulsão do paraíso, e pode muito bem não chamar de nada. O fato é que o medo é um velho conhecido das gentes. Às vezes esquecido, às vezes subestimado, ou simplesmente varrido para debaixo do tapete, mas sempre ali, observando. Se Bittencourt tem medo, se deu medo em Leandro e Leonardo e até Belchior teve medo  -  "Eu tenho medo e já aconteceu Eu tenho medo e inda está por vir Morre o meu medo e isto não é segredo"  - que se dirá de mim. Medo, essa pantera negra, que nos espreita o caminho para devorar-nos o coração de uma abocanhada. Eu conheço o medo, até o embalei, inclusive o alimentei em

Medos. Por Carmem Alexandre

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Qual é a forma do medo? Quadrado, triangular ou circular? Talvez nenhuma delas, talvez ele apenas existe como uma dor que se espalha pelo nosso corpo todo, nos inebriando de várias sensações ao mesmo tempo. Que cor ele aparece? Preto, acinzentado, roxo ou incarnado? Ele não precisa ser de cores tão fortes, na verdade, ele pode vir na aparência de uma água gelada e transparente a qual não conseguimos segurar nas nossas mãos. Algumas pessoas tornam-se "heróis" por demostrarem que não sentem esse sentimento, embora, por dentro estão tremendo de medo de expor suas fragilidades. O nosso medo as vezes viaja o mundo inteiro por trilhos que não imaginávamos que existia, e quando menos esperamos ele bate na nossa porta, e de súbito tudo o que parecia sereno e calmo se transforma em tempestade, pois o medo tem o poder de transformar uma gota de água em oceano.
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O medo é um sinal natural de autoproteção, através do medo de altura nos preservamos quando estamos a determinada distância, o medo de falhar pode nos levar a fazer algo com muito apreço e cuidado, o medo de ferir alguém pode despertar condutas de gentileza. O desequilíbrio acontece quando o medo prevalece e perdemos a capacidade de dar continuidade aos comportamentos e estratégias mentais que temos no dia-a-dia, quando o medo se apropria da minha identidade e quando não consigo ver saída. O medo pode me limitar e me impedir de sair de casa, pode se transformar em um processo de pânico e de fobia, pode transformar minha vida e me mostrar como, racionalmente, podemos perder o controle das nossas emoções e pensamentos. Aprendemos que somos seres cíclicos, e se pararmos no medo estamos parando todo o nosso ser, congelando quem somos ao redor de um ar denso, ácido e tóxico. Quando estamos com medo é importante absorver o máximo de propósito deste estado, compreender os elementos