Trabalho, labor ou emprego? Por Allan X. Brito



A palavra trabalho é supostamente oriunda do vocábulo latino "tripalium", que era uma forma de tortura romana. A terminologia labor, do latim "labore" tambem possui uma conotação de esforço árduo e prolongado, daí o termo "laborioso", trabalhoso, complicado.

Já a palavra emprego pode significar tanto a aplicação de esforço - o mesmo esforço referido acima - no desempenho de atividades que geram riquezas quanto ocupação em serviço público ou privado; cargo, função, colocação. Profissão é o que você faz para viver. Vocação é aquilo que te chama. Missão é seu objetivo primordial.

Mil anos depois do ápice do Império Romano, na constituição de nossa sociedade brasileira - do branco português que desejava enriquecer, e rápido, para voltar a seu país e se "amostrar"; o negro africano trazido à força sob o jugo da escravidão e o índio que foi sugado para esse convívio com o qual ele não  tinha nada a ver e que simplesmente não compreendia - o "tripalium" ficou com o escravo.
O branco não queria nem lavoro, mas viver de renda, como a alta sociedade inglesa - em termos bem "Jane Austenianos".

Tem gente que diz que os EUA são o que são porque sua fundação é o lavoro, o emprego de funções mentais e fisicas no fomento da circulação de valores mediante a criação de bens e/ou serviços.

Já percebi que é comum em nossa sociedade a menção ao trabalho, que nos sustenta financeiramente, como algo que causa sofrimento e não como uma atividade louvável, causa de enobrecimento do laborante, como aprendizagem e crescimento profissional. Sim, muita gente encara o trabalho como uma punição, uma maldição, quase um crime.

Eu assumi o desafio de mudar essa concepção em mim e acredito que estou vencendo. Já passou o tempo de nós, brasileiros, encararmos nossos empregos mais como riqueza e menos como um trabalho. Eu sei que trabalho dá trabalho e prefiro biscar minha profissão, minha vocação e, mais profundamente, minha missão de vida. Acredito que estou no rumo.

Ainda não aprendi a lidar de forma perfeita com o estresse diário, a pressão profissional e a cobrança de mim mesmo, mas me permito aprender uma coisa nova a cada dia. E me preparo a cada dia para o salto de carreira, saindo do "trabalho" rumo à riqueza de fazer o que verdadeiramente amo.



Allan Xenofonte de Brito é um homem, vivo, habitante do planeta Terra, o quarto do sistema solar em proximidade da estrela mais próxima - se acha bonitão e charmoso. Gosta de motos, vestir-se bem e . Tem fé em Deus e em si mesmo, ama sua família e cultiva o conhecimento em sua tradicional fonte de transmissão: os livros.


Mora com sua esposa e filho nos alpes caririenses do bairro Grangeiro, na cidade de Crato.


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